domingo, 25 de dezembro de 2022

Retrospectiva 2022: confira as principais notícias de junho

 


No dia 6 de junho a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) divulgou que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, estavam desaparecidos há mais de 24 horas, ou seja, desde o dia 5.

O desaparecimento ocorreu no Vale do Javari, Amazonas, no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte. Bruno Pereira já havia denunciado que estaria sofrendo ameaças. Dom Phillips escrevia um livro sobre a região. Polícia Federal, Marinha e Fundação Nacional do Índio (Funai) seguiram no caso.

No dia 7, Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como Pelado, foi preso em flagrante. Ele foi apontado por várias pessoas como um dos suspeitos do desaparecimento por ter ameaçado Bruno Pereira algumas vezes. Pelado foi detido em uma abordagem por posse de drogas e munição calibre 762, de uso restrito.

No dia 9, foram encontrados vestígios de sangue em sua embarcação. Mas foi somente no dia 14 que o suspeito confessou a participação no desaparecimento e indicou o local onde os corpos foram enterrados. No dia 15, a Polícia Federal foi até o lugar e lá encontrou “remanescentes humanos”.

A Polícia Federal (PF) confirmou, no dia 17, que os restos mortais que foram encontrados na Amazônia eram do jornalista do inglês Dom Phillips. No dia 18, foi a vez dos restos de Bruno serem identificados. A perícia concluiu que ambos foram mortos por armas de caça.

No dia 20 foi encontrada a lancha onde os dois desaparecidos viajavam. O local exato onde estava a embarcação foi indicado por Jeferson da Silva Lima, que foi detido no dia 18, por suspeita de envolvimento com os assassinatos. No dia 23, um avião deixou Brasília com os corpos para que estes fossem entregues às famílias.

Menino Miguel

O Tribunal de Justiça de Pernambuco condenou, no início de junho, Sari Corte Real pela morte do menino Miguel Otávio da Silva, ocorrido no dia 2 de julho do ano passado. A pena foi de 8 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte.

De acordo com a decisão do juiz José Renato Bizerra, a acusada iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. Mas ainda cabe recurso da condenação, e Sari Corte Real pode recorrer em liberdade.

Alta na gasolina

Para tentar conter a alta da gasolina o presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que prevê um teto limitando o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transportes coletivos.

Gravidez interrompida

No fim do mês veio à tona o caso de uma menina vítima de estupro que teve negado seu direito ao aborto. Depois da interferência do Ministério Público Federal (MPF) a criança conseguiu realizar o procedimento, garantido por lei.

Fome

Levantamento divulgado no dia 8 pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indicou que 33,1 milhões de pessoas não tinham o que comer no país. Os dados constam do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil.

Saúde

No dia 9, o governo paulista confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos no país: um morador da capital paulista que está internado no Emílio Ribas, com boa evolução do quadro clínico.

A segunda ocorrência da doença foi detectada em um homem, de 29 anos, que está isolado em sua residência em Vinhedo, no interior do estado.

Presidente da Caixa

Na noite do dia 28 um site noticioso publicou acusações de funcionárias de carreira da Caixa de que o presidente da empresa, Pedro Guimarães, cometia assédio sexual contra funcionárias. No dia seguinte, Guimarães se demitiu do cargo em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro. Assumiu em seu lugar a Secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino.

Internacional

As fortes chuvas e inundações ocorridas na província de Jiangxi, no centro da China, afetaram, no início de junho, mais de 800 mil pessoas. As chuvas causaram danos em 80 cidades e vilas da província, que tem 45 milhões de habitantes.

Segundo a agência oficial de notícias do país, a Xinhua, cerca de 32 mil pessoas foram retiradas da região entre 28 de maio e ao dia 6.

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