sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Secretário-geral saúda acordo entre governo da Colômbia e as Farc-EP

Família deslocada por causa do conflito armado na Colômbia, vive em Arjona, uma área pobre nos arredores de Cartagena. Foto: Kristy Siegfried/IRIN
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, saudou o acordo entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, Farc-EP, firmado em Havana, em Cuba.
No documento, os dois lados pedem ao Conselho de Segurança que estabeleça uma missão política das Nações Unidas para a Colômbia.
Componente Internacional
A missão vai representar o componente internacional de um mecanismo tríplice para monitorar e verificar um futuro acordo sobre cessar-fogo bilateral e definitivo.
Além disso, os especialistas da ONU vão acompanhar o processo de fim das hostilidades e a deposição das armas.
Ban elogiou também a decisão do governo colombiano e das Farc de pedir aos membros da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe, Celac, para enviar observadores internacionais que vão fazer parte da missão das Nações Unidas.
Paz
Mais uma vez, o secretário-geral saudou os dois lados por mais um passo significativo em direção a uma resolução pacífica do conflito armado.
Ban reiterou o compromisso da ONU em continuar apoiando os esforços em busca da paz.
A missão deve ter um mandato de 12 meses, que pode ser ampliado a pedido do governo ou das Farc.
A expectativa é que o acordo definitivo seja assinado em 23 de março, pondo um fim a mais de 50 anos de um conflito que causou a morte de mais de 200 mil pessoas, deixou milhares de desaparecidos e um total de 7 milhões de vítimas.

Jovem é preso com espingarda e espada em JP e sargento comenta: “Parece a espada de He-Man”

Reprodução/TV Correio HD
Material apreendido na operação policial
Um jovem de 18 anos foi preso na comunidade Cabral Batista, no Bairro dos Novais, na Zona Oeste de João Pessoa, na tarde desta quarta-feira (20). Com o detido, a polícia encontrou uma espingarda de calibre 12 e uma espada. 
O sargento Edmilson, da Polícia Militar, que participou da prisão, comentou sobre a apreensão inusitada: “Parece a espada de He-Man”.

O Portal Correio destacou que o preso foi conduzido à Central de Polícia Civil da Capital, onde confessou que é usuário de maconha, mas negou ser o dono das armas, alegando que não sabia quem seria o proprietário.

Segundo o sargento Edmilson, a guarnição da qual faz parte realizava rondas e percebeu que o jovem teria ficado nervoso com a aproximação dos policiais. Ao entrar em um beco da comunidade, a PM encontrou as armas e fez a detenção.

ONU afirma que 50% da população passa fome na República Centro-Africana

Crianças caminham em um centro para deslocados em Bangui, capital da República Centro-Africana. Foto: Unicef/UN01079/Terdjman
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, alertou que metade da população da República Centro-Africana enfrenta a fome. Segundo a agência da ONU, isso representa aproximadamente 2,5 milhões de pessoas nessa situação.
O relatório "Avaliação de Segurança Alimentar em Situação de Emergência" indica que o número de famintos duplicou no período de um ano. O conflito e a insegurança são vistos como os principais fatores do acesso limitado e da disponibilidade dos alimentos.
Severa ou Extrema
A análise destaca que uma em cada seis pessoas no país enfrenta insegurança alimentar severa ou extrema. Mais de uma em cada três vive em situação de insegurança alimentar moderada, quer dizer, “sem saber de onde virá a refeição seguinte”.
O diretor-adjunto do PMA na República Centro-Africana disse que três anos de crise provocaram um número “elevadíssimo” de vítimas, com famílias muitas vezes forçadas a vender os bens, a tirar os filhos da escola e até mesmo a recorrer à mendicância.
Guy Adoua afirmou que o cenário não é de uma emergência rotineira e que as pessoas ficaram sem nada.
Nível Alarmante
Segundo Adoua, há uma extrema preocupação do PMA com o nível alarmante de fome. Ele acrescentou que as pessoas não só carecem de comida suficiente, mas também são forçadas a consumir alimentos que não satisfazem suas necessidades nutricionais.
A colheita de 2014-2015 foi fraca e os preços dos alimentos continuam elevados porque os agricultores não trabalham nas suas terras devido à insegurança.
Centenas de milhares foram forçados a fugir de suas casas e a abandonar suas plantações e meios de subsistência, destaca o relatório.
Violência
Em setembro, surgiram novos confrontos no país. Para a agência da ONU, essa violência causou mais deslocamentos numa altura em que as pessoas retornavam lentamente às suas casas. Quase 1 milhão de centro-africanos ainda estão deslocados ou buscam refúgio nos países vizinhos.
O relatório recomenda que seja dada ajuda alimentar de emergência de uma forma contínua às famílias deslocadas e repatriadas, além de alimentos e assistência técnica para a recuperação dos agricultores.
O documento aconselha ainda a criação de redes de segurança com programas como de alimentação escolar e apoio para reabilitar a infraestrutura.
O PMA fornece alimentos de emergência e apoio nutricional aos mais vulneráveis e está envolvido no apoio aos esforços de recuperação.
Iniciativas
As iniciativas da agência incluem transferências de dinheiro e compras de alimentos locais, que são usados na merenda escolar para milhares de crianças impulsionando a economia e os meios de subsistência.
Cerca de 400 mil pessoas receberam alimentos do PMA em dezembro através das vias normais de distribuição, das transferências de dinheiro, do apoio nutricional, de refeições escolares e de atividades de troca de comida por bens.
A agência precisa de US$ 41 milhões de apoio urgente para continuar fornecendo assistência às comunidades deslocadas e vulneráveis até junho.

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