No dia da Vida Consagrada, o Papa Francisco recordou que Jesus é única estrada a ser percorrida com perseverança
André Cunha
Da redação
Da redação
Na festa da Apresentação do Senhor, celebrada nesta segunda-feira, 2, o Papa Francisco presidiu à Missa na Basílica de São Pedro, por ocasião do Dia da Vida Consagrada.
Um rito de bênção das velas deu início à celebração que contou com a presença de inúmeros cardeais, sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e fiéis leigos.
Destacando a figura de Maria, também celebrada hoje com o título de Nossa Senhora das Candeias, o Papa Francisco disse na homilia, que a Virgem é como uma escada em que o Filho de Deus desce até os homens.
No Evangelho do dia, Maria vai ao Templo de Jerusalém para apresentar Jesus, como mandava a antiga tradição judaica onde todo primogênito deveria ser consagrado a Deus. Sobre esse episódio, o Papa disse que, embora Maria levasse Jesus nos braços, era antes o Filho de Deus que ia à frente mostrando o caminho.
“Jesus percorreu a nossa estrada, e mostrou-nos um novo caminho, um ‘novo e vivo caminho’ (cf. Hb 10:20) que é Ele próprio. Também a nós, consagrados, Ele abriu a estrada. Ele é a única estrada que devemos percorrer com perseverança”, disse o Papa.
Obediência e rebaixamento
Segundo o Pontífice, quem segue Jesus, – que não veio fazer Sua vontade – deve tomar a via da obediência, assumindo a Vontade do Pai, até a aniquilação, a humilhação de si mesmo. “Para nós consagrados, progredir significa rebaixar-se no serviço, abaixar-se, fazer-se servo para servir”, sublinhou.
A alegria evangélica, de acordo com Francisco, é consequência do caminho de rebaixamento feito com Jesus. “Quando estamos tristes, quando reclamamos, faria bem perguntar-nos: como estamos vivendo essa kenótica [doutrina que Cristo ensinou]”, sugeriu Francisco.
Sobre o abastecimento e a renovação da vida consagrada, o Papa disse que acontece por meio de um grande amor às regras e da “escuta dos anciãos”, que nas congregações religiosas, institutos e novas comunidades são representados pelos superiores.
Ao final da homilia, o Papa rezou segundo o que disse no começo da reflexão: “Nós, também, hoje, como Maria e como Simeão, queremos levar Jesus em seus braços, para que Ele encontre com o seu povo, e certamente vamos chegar, se entrar no mistério que é o mesmo Jesus a nos conduzir. Nós levamos Jesus, mas somos guiados por Ele. É assim que devemos ser: guias guiados”, concluiu o Papa.
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