quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Motor das mudanças

As duas gestões de Eduardo Campos, à frente do Governo de Pernambuco, deram a ele a liderança inconteste no Estado, chamaram a atenção da imprensa e de setores produtivos nacionais e alimentaram os planos políticos para o lançamento da candidatura à presidência da República, este ano. A candidatura, apesar da trajetória política bem-sucedida e dos resultados administrativos no Governo estadual, foi o lance mais ousado e que incluiu o rompimento da antiga aliança com o PT do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff.
Andréa Rêgo Barros/PCRAinda como aliado da presidenta Dilma, o governador Eduardo Campos colheu frutos dos investimentos da Petrobras e dos programas sociais do PT em PernambucoAinda como aliado da presidenta Dilma, o governador Eduardo Campos colheu frutos dos investimentos da Petrobras e dos programas sociais do PT em Pernambuco

Apontado como um político modernizador, com uma visão empreendedora da gestão pública e um sentido nato de liderança, no Governo pernambucano, Eduardo Campos imprimiu um ritmo de crescimento econômico ao Estado que tornou-se um diferencial em meio à crise endêmica da região nordestina. ‘Milagre Pernambucano’ e ‘Revolução Industrial’ foram algumas das expressões usadas para retratar esse crescimento.

Eleito em 2006 para o Governo, após um mandato como deputado estadual e três eleições  consecutivas para a Câmara dos Deputados (em 1998, no segundo mandato, obteve 225 mil votos e foi o deputado federal mais votado em Pernambuco), começou o primeiro ano da gestão contratando os serviços de consultorias nacionais e implementando uma política de gestão focada na “eficiência e em metas de resultados”. Nos cinco anos seguintes, até 2012, a média de crescimento estadual foi de 4,6% contra média de 3,6% do Brasil. 

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    Em 2013, com a economia brasileira entrando de forma mais impactante na crise dos mercados globais, Pernambuco manteve-se à frente, com índice de crescimento médio anual de 2,3%, contra 0,9% nacional. 

    A receita adotada pelo então governador misturou investimentos públicos e privados, incentivos fiscais, endividamento e mais gastos com pessoal. A conjuntura política do PT também deu bastante impulso ao Estado, que soube aproveitar o incentivo do consumo através dos programas de transferência de renda e incremento industrial, como a refinaria da Petrobras, a fábrica da Fiat, além das obras de transposição do Rio São Francisco e a Ferrovia Transnordestina.

    A arrecadação do Estado aumentou de R$ 9,3 bilhões em 2006, ano em que Eduardo venceu a eleição para governador, para R$ 25 bilhões em 2013. Os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) chegaram a R$ 2,2 bilhões em 2012. Até o ano passado, a Petrobas injetou R$ 24,8 bi em Pernambuco.

    No setor privado, a maior bandeira é o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros, conhecido como Porto de Suape. A área de 13,5 mil hectares é distribuída em zonas portuária, industrial, administrativa e serviços. Entre 2007 e 2013, o complexo recebeu investimentos de R$ 2 bilhões. Foram criados 35 mil empregos diretos. São 105 empresas já operando e mais 45 em instalação. 

    Durante uma palestra no início deste ano, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni Monteiro Morais, ressaltou os setores que o governo Eduardo Campos imprimiu maior fôlego: indústria de bens de consumo, a petrolífera, de desenvolvimento de tecnologia renovável, a automobilística e a de fármacos. “Serão esse setores que irão reindustrializar o Estado de Pernambuco”, disse. (com informações de Wladmir Paulino, do portal NE10)

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