quarta-feira, 8 de outubro de 2014

PSOL descarta apoio no segundo turno e pede que militantes não votem em Aécio Neves

Fernando Mellis, do R7
O PSOL oficializou na tarde desta quarta-feira (8) a posição de não apoiar nenhum candidato no segundo turno das eleições presidenciais. A candidata Luciana Genro, que ficou em quarto lugar na disputa, pediu, no entanto, que a militância não vote em Aécio Neves (PSDB).
— Nós partimos da definição categórica que o PSOL, os filiados do PSOL, os dirigentes do PSOL, em hipótese alguma, darão algum voto, algum tipo de apoio para o Aécio Neves. Nós não temos absolutamente nada em comum com o Aécio Neves, que representa esse retrocesso ao neoliberalismo puro e à privataria tucana. 
O partido “liberou” a militância para avaliar se votará nulo, branco ou em Dilma Rousseff (PT). Luciana disse que não irá declarar o voto, em virtude da postura adotada pelo PSOL. Ela ainda reforçou que a legenda não irá compor um eventual novo governo de Dilma.
— Não há nenhuma hipótese do PSOL compor o governo da Dilma, não há nenhuma hipótese do PSOL negociar qualquer coisa com qualquer um dos dois que seja eleito. 
O presidente do PSOL, Luiz Araújo, leu uma nota em que também cita Marina Silva (PSB), que ficou em terceiro lugar. Ele admitiu que a decisão do partido não é totalmente neutra, já que eles recomendaram que não se vote no PSDB.
— A provável capitulação de Marina Silva à candidatura tucana demonstra a sua incapacidade de representar legitimamente o desejo de mudanças expresso nas ruas e comprova que a “nova política” não pode ser um atributo daqueles que aderem tão rapidamente ao retrocesso.
Luciana falou também que o PSOL deve decidir amanhã sobre eventual apoio no Rio Grande do Sul, onde o pai dela, o governador Tarso Genro (PT), está no segundo turno contra José Ivo Sartori (PMDB).
— Eu vou discutir com os meus companheiros de partido. O PSOL gaúcho tem uma reunião na quinta-feira (9) para discutir o cenário e a posição do partido no Estado e, a partir daí, eu irei me posicionar, ou não. 
A partir de agora, ela afirmou que continuará trabalhando no partido e que está "à disposição", caso o PSOL queira lançá-la como candidata à Presidência em 2018. Luciana Genro, que protagonizou um debate polêmico sobre direitos dos homossexuais com Levy Fidelix (PRTB), obteve 1.612.186 votos no último domingo (5).

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